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wicca ponta grossa

  • Foto do escritor: Rita Oliveira
    Rita Oliveira
  • 17 de mai. de 2018
  • 4 min de leitura

Atualizado: 18 de mai. de 2018

Humildade, disciplina e seriedade...a bruxaria nos Campos Gerais

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Daghda Cosantóir Dandelion

Daghda esclarece que sempre teve poderes e o caminho que trilhou, lembra, foi solitário, pois desde criança já entendia em si dons como premonição, clarividência, e retrocognição. Desde muito pouca idade foi avesso ao mundo. Ainda bem jovem, iniciou o estudo de esoterismo, pois seu pai tinha consigo as Centúrias de Nostradamus, as quais ainda mantém em seu poder e ainda lhe fascinam. Também de sua mãe, obteve um liro sobre o desenvolvimento do poder mental, intitulado ``O poder infinito da sua mente´´, de autoria de Lauro Trevisan, padre católico.

Focando seus estudos nesse material, adquiriu um formidável crescimento acerca desse assunto. Contudo naquela época também em si alguns desequilíbrios e o pânico.

Daghda lembra de um evento ocorrido, quando ao trilhar o caminho para escola, na zona rural, uma caminhada longa, num atalho entre pinheiros lhe ocorreu um vislumbre, prevendo como seria seu futuro. Disse-lhe uma voz:

Volte-se para o caminho de culto à natureza...

Para Daghda essa foi a experiência que definiu seu ``chamado´´.

Após esse fato, foi intuitivo ao menino aproximar-se cada vez mais à bruxaria, isso iniciou-se aos 9 anos de idade.

Estabeleceu em si então, uma conexão e uma visão, as quais não tinha antes. Todo seu tempo disponível nos intervalos das aulas eram ocupados com a procura e o estudo de informações sobre bruxaria, mas o material era muito escasso na biblioteca da escola.

Já nos programas televisivos, sua atenção se fixava quando Márcia Frazão, esta também uma bruxa renomada de nosso país, e ele tentava absorver tudo, palavra por palavra. Os filmes sobre bruxaria lhe fascinavam, em especial a ideia da Deusa- Natureza (Manon) no filme Jovens Bruxas de 1996, que lhe foi de muito agrado. Contudo, ainda não tinha a noção da Deusa, tão pouco conhecia a existência da Wicca. Até o momento, encontrava-se apenas como um pobre bruxo (ou um bruxo pobre!!!), o qual a muito custo coletava informações através de sussurros de familiares, tirinhas de revistas, quadros televisivos, em especial esotéricos e em conversas com parentes mais velhos sobre ervas e superstições.

Já em 2003, com o uso da internet, foi que descobriu a Wicca. A sonoridade do nome já lhe chamava atenção, pois soava algo muito familiar e sobretudo o fato de ser uma religião de origem inglesa lhe causava agrado, pois desde criança sentia uma conexão com a Inglaterra e suas tradições, conexão essa vinda de vidas anteriores, explica Daghda.

Após messes de pesquisa e aprofundando-se em sites dedicados à matéria, tinha cada vez mais certeza de haver encontrado o propósito de sua vida.

Realizou então de fato sua dedicação e posteriormente a Iniciação, dando sequência aos fatos que o conduzem até o presente momento.

Quanto à família, relata que nunca encontrou dificuldades com relação à sua escolha, pois por haver desenvolvido poderes com pouca idade, houve aceitação e o assunto foi por todos digerido muito bem. Apenas houve um fato que gerou estranheza, o qual ocorreu quando conheceu amigos da tradição Diânica Nemorensis, contudo foi produto de frequentes viagens até São Paulo.

No ambiente de trabalho evita expor o ofício, a não ser que haja certeza do bom entendimento, e abertura da contraparte quanto ao fato de ser algo incomum. Cita ainda, que geralmente há mais demonstrações de curiosidade que desaprovação por parte destas.

Quanto ao sacerdócio, ele explica que resume-se na prática constante do dever. Ele como um Iniciado, portanto Sacerdote, deve encarar esta influência como trabalho sacerdotal. Faz-se então parte de seu dever esclarecer e encaminhar os que lhe procuram à uma possível iniciação.

Há ainda, segundo ele, aqueles que cometem o maior erro de todos no tocante desse assunto, pois acham que a formação sacerdotal, a iniciação, lhes dará superpoderes ou que os problemas se extinguiram por mágica. Na realidade, informa, que o que ocorre é o oposto, e cita:

Bruxaria é serviço ao sagrado, é utilizar seus poderes e potencializá-los para produzir algo benéfico. Requer portanto, disciplina e humildade: e isso muito poucos vão entender.

Sobre o cov en, Daghda esclarece que é um só. Caso haja a necessidade dele fundar outro coven, terá que sair do coven atual. Ainda explica que o caminho a ser seguido nessa direção futura é o que os por ele iniciados venham a fundar seus próprios covens. É o caminho natural, como acontece nas famílias, quando chegada a hora os filhos tendem a obter sua independência e formar sua própria família.

Ainda sobre o coven, e a demanda de neófito, a cidade apresenta um moento de trevas, pois existe muita gente interessada,com alguma bagagem informativa, porém, necessitam de esclarecimento sobre o que é exatamente a Wicca.

Algumas indicações de autores recomendados sobre Wicca, com autoridade para falar sobre o assunto.


- Gerald Gardner

- Patricia Crowther

- Doreen Valiente

- Phillip Hesselton

- Ronald Hutton

- Vivianne Crowley

- Raymond Buckland

- Deborah Lipp

- Sorita Deste

- Stewart e Janet Farrar

- Raven Grimassi

- Claudiney Prieto

- Lois Bourne

- Starhawk

- Margot Adler

- Laurie Cabot

- Frederic Lamond

Autores não wiccanos que tem o trabalho muito utilizado por wiccanos:


- Dion Fortune

- Scott Cunningham

- DJ Conway

- Margaret Murray

- Márcia Frazão

- Mirella Faur

- Blavatsky

- Eliphas Levi

- Gerina Dunwich

- Aleister Crowley

- Paracelso

- Papus

- James Frazer

- Franz Bardon

- Gilberto de Lascariz

- Joseph Campbell

- Marija Gimbutas

- Robert Graves

- Mircea Eliade

- Carlo Ginzburg

- Charles Leland


Fome de que?...

Nas palavras de Daghda, o pontagrossense tem fome de uma urbe de fato. Nossa cidade ainda tem traços rurais e há bairros que parecem cidadezinhas do interior, com suas ruas empoeiradas e sua gente desconfiada.

As pessoas ainda estão fechadas dentro do sistema a que foram condicionadas há décadas atrás.

É visível em cidades do mesmo porte uma vida urbana mais forte, diversa, pulsante e com um campo fértil de possibilidades. Pelo próprio coven, é visto a dificuldade em reunir e fazer progredirem as pessoas. Não há espaço público para reuniões e se há, geralmente é inadequado. Ainda existe um entrave grande em nossa cidade. Ainda existe um aprisionamento ensebado ao tradicionalismo que impede essa cidade de florescer como deveria.


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3 comentários


Luisa Aparecida Stremel
Luisa Aparecida Stremel
16 de mai. de 2021

Gostaria de encontrar esse

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samo pedro
samo pedro
26 de abr. de 2021

Onde posso encontrar esse coven

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Mauricio Santos
Mauricio Santos
31 de jul. de 2022
Respondendo a

Oiê! Eu faço parte desse coven! Procura wiccapg no Instagram!

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