Role playng game
- Rita Oliveira
- 17 de jun. de 2018
- 3 min de leitura
O mundo do rpg sob a visão de quem entende do assunto...

O jovem Luis Gabriel Kingeski, aos 19 anos de idade, é um soldado de alto nível da N7, herói de Farelden, guardião cinzento e seguidor fiel de Cthulhu. Ele nos conta um pouco sobre os jogos de RPG e esse mundo tão fantástico e estranho á muitos.
Jogador desde 2004, joga RPG assiduamente e praticamente toda semana, indo de mundo em mundo, galáxia por galáxia, tudo em busca de glória, sangue e destruição.
O Role Playng Game, ou jogo de interpretar papéis, o bom e velho RPG consiste num intrincado sistema de interpretação de papéis por parte dos jogadores em um cenário fictício.
Altamente estimulante para a imaginação, fazendo com que o interprete do personagem imagine e se coloque no atual cenário da partida, seja numa cidade, uma caverna ou até mesmo uma nave intergaláctica.
Luis Gabriel conta que desde muito cedo teve contato com esse estilo de jogo, quando pela primeira se aventurou na saga Baldurs Gate, apaixonando-se pelo formato do jogo e se vendo forçado a pesquisar mais a fundo jogos daquele tipo, conhecendo assim o RPG de mesa.
Como ele explica, em toda campanha de RPG, existe um mestre e os demais jogadores. O mestre é responsável pela maior parte do desenrolar da história, pois é ele quem cria o universo, os NPCs (personagens não jogáveis, exemplo: um ferreiro) e narra os acontecimentos daquele momento. Conta ainda que existem vários temas para o mestre utilizar e todos seguem algum sistema, que nada mais é que um conjunto de regras escolhido por quem vai jogar. O mais famoso sistema é chamado Dungeons and Dragons (D&D), e é comumente usado para histórias de fantasia medieval.
Segue o exemplo de uma sessão disponibilizada por Luis Gabriel:
´´Quatro heróis tentam resgatar a filha do justo Rei Albert, a qual foi sequestrada por um maligno feiticeiro:
Mestre: Vocês seguem pelos corredores escuros e úmidos do subterrâneo da fortaleza. A luz das tochas de vocês mostra uma bifurcação à frente. Quando vocês se aproximam percebem um brilho do lado direito, como se alguém estivesse segurando uma tocha também, além da esquina. O que vocês vão fazer?
Pedro: Eu paro e falo baixinho pro grupo: ´´E aí pessoal? ``
Hugo: Eu digo: ´´Apaga essa tocha, senão podem nos ver também! ``
Pedro: Boa idéia! Eu apago a tocha, senão podem nos ver também. ``
Jorge: Eu também vou me preparar! Pode ser que tenha algum monstro ali na frente. Saco meu machado!
Mestre: Ok. Vocês apagam as luzes e sacam as armas, preparando-se para o pior. E você, Bianca?
Bianca: Vou esperar eles pararem com essa barulheira e fazer minha personagem tentar ouvir alguma coisa, para saber se tem ou não perigo.
Mestre: Ok, Bianca! Vamos rolar os dados! Se você passar no teste eu lhe conto o que sua personagem ouviu...``
Luis Gabriel explica que é um jogo fácil e divertido, porém pode parecer um pouco complicado se não houver uma prévia instrução por alguém já familiarizado com o sistema. Cita ainda que em seus primeiros jogos considerou um desastre suas campanhas pois investiu logo de início num sistema complicado.
Atualmente seu sistema preferido de campanha é intitulado ´´Dragon age RPG``, um sistema simples, com a utilização de poucos dados (os quais são determinantes em testes do jogo. Por exemplo: é ouvido um barulho ao fundo, então joga-se o dado de percepção para ver se avistam algo).
Para Luis o RPG é uma alternativa as saídas à bares, baladas e afins, pois ocupa um bom tempo dos jogadores. Uma sessão pode durar de duas a oito horas. Existem ainda campanhas que duram anos, até mesmo décadas. Considera extremamente divertido jogar rodeado de amigos e destaca a importância do fortalecimento dos laços de amizade devido ao tempo que permanecem juntos, além das aventuras e sufocos passados em seu próprio mundo.
Mesmo pouco conhecido da população em geral, pois muitos tendem a conhecer apenas o chamado ´´Action RPG``,
O qual é um gênero de RPG eletrônico, onde o combate não exige muita estratégia.
Luis Gabriel afirma que existe um certo preconceito com quem joga, normalmente por seu público alvo ser justamente formado por pessoas de perfil mais introvertido, os vulgo NERDs.
Fome de quê?
Luis Gabriel acredita que Ponta Grossa tenha fome de conhecimento, pois conta que já levou diversas pessoas que nunca tiveram contato com o sistema de RPG para participar de uma sessão e simplesmente se apaixonaram pelo jogo.
Para quem quer iniciar no RPG, Luis recomenda fortemente jogar ´´Dragon Are Origins``, pois retrata o típico RPG de mesa na tela do computador.
Para finalizar destaca Ponta Grossa como uma cidade com tantas pessoas e tão grande, mas com apenas alguns poucos lugares para se jogar.

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